CENTRO CULTURAL SAN FRANCISCO SOLANO

Pedro Mastrobuono * Brasil

CONCORDIO

El concepto persiste, superando a las generaciones.

Come sin miedo, no lo dudes, es bueno, es natural.

Deje que el sonido del agua que cae calme sus hombros.

Que la deformidad adquirida sea enderezada por el canto de los p jaros.

No importa el nivel de luz;la selva, de cerca, es inh spita.

No importa cu n hermosa sea la tierra, el disfrute de lo buc lico es ef mero.

En medio del para so, el depredador da el paso!

Mirando a trav s del follaje, la v bora ataca!

La picadura de alacr n es natural.

Conmigo, nadie puede ser tambi n.

La medusa es natural.

Quemaduras de sol tambi n.

La belleza pl stica de la raza del guepardo,

se convierte en el horror de destruir la presa.

La sencillez del gorjeo, el canto de apareamiento,

se transfigura en el sonido de los huesos aplastados por la quijada de la serpiente.

La calma se traduce en una trampa.

No hay paz, hay instintos!

No hay paz, hay lucha! Hay sangre y salvajismo!

La naturaleza no es ni buena ni mala,

Es justa! Indiferente al para so,

Ad n no se contuvo, pocas horas despu s de haber sido creado.

Indiferente al amor y la fraternidad,

Ca n mat a Abel. por sentimientos innombrables.

Impulsos, instintos y deseos, el conflicto es natural. Entonces,

d nde reside la paz? D nde encontrar la armon a?

En la catarsis, en la sublimaci n de las emociones,

en el silencio de nuestra alma animal.

La armon a y la ausencia de conflicto viven en la tica.

 

Pedro Mastrobuono * Brasil

CONCÓRDIA

O conceito persiste, vencendo gerações.
Coma sem susto, não hesite,
é bom, é natural.

Deixe o som da queda d’água reduzir o peso sobre seus ombros.
Deixe a deformidade adquirida ser endireitada pelo cantar dos pássaros.

Não importa o nível de claridade,
a selva, de perto, mostra-se inóspita.
Não importa a beleza do campo,
o desfrute do bucólico, mostra-se efêmero.

Em meio ao paradisíaco,
o predador dá o salto!
Espreitando-se entre as folhagens, a víbora dá o bote!

Mordida de escorpião é natural.
Comigo-ninguém-pode também o é.
Água-viva é natural.
Queimadura de sol também o é.

A beleza plástica do correr do guepardo,
converte-se no horror do destroçar da presa.
A singeleza do piar, do cântico de acasalamento, transfigura-se no som dos ossos esmagados pela mandíbula da serpente.

A calmaria se traduz em armadilha.
Não há sossego, há instintos!
Não há paz, há luta! Há sangue e selvageria!
A natureza não é boa, nem má, apenas é!

Indiferente ao paraíso, Adão não se conteve, em poucas horas de criado.
Indiferente ao amor e fraternidade, Cain matou Abel. por sentimentos pouco confessáveis.
Pulsões, instintos e ânsias,
o conflito é natural.

Então, onde reside a paz?
Onde encontrar concórdia?  
Na catarse, na sublimação de emoções, no silenciar da nossa alma animal.
A harmonia e ausencia de conflitos, moram na ética.



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